quarta-feira, 27 de junho de 2012

Expectativas...





Expectativa:        
1. Acto. ou efeito de expectar. = ESPERA

2. Esperança baseada em supostos direitos, probabilidades, pressupostos ou promessas (ex.: o livro superou as expectativas).
3. Acção. ou atitude de esperar por algo ou por alguém, observando. = ESPERANÇA
Eis senão quando vos falo num momento em que as expectativas da nação foram ao ar. A célebre frase "Jogámos como nunca, perdemos como sempre" foi hoje usurpada pela selecção Cristiano Ronaldo, também conhecida por alguns como Selecção Portuguesa.


 
Supostamente tinhamos o direito, havia uma relativa probabilidade, fiámo-nos no pressuposto, ou estávamos crentes numa silenciosa promessa que era desta que ganhávamos aos estupores dos espanhóis. Enquanto há tolice há esperança!


Sacanas das expectativas... Foram elas que nos lixaram! Não foi o Moutinho, não foi o Bruno Alves (porque raio é que no lance dos espanhóis ela bate na trave e entra, e no nosso não? Alguém me explica?).


 
Poderão pensar que é num momento de raiva insana gerada por esse fenómeno que é o Futebol, tão ou mais díficil de explicar que o do Entroncamento ( o qual desconheço mas detenho a fervorosa expectativa que é qualquer coisa de espectacular) que vos escrevo.


Não é o caso. O jogo de hoje pôs-me a pensar sobre o conceito de expectativa, provavelmente consequência deste meu momento de crise existencial (momento em que vivo actualmente em todo o seu esplendor e glória, sendo que felizmente não sou um homem careca de 40 e tais, senão já me tinha encalacrado toda para comprar um cabriolet vermelho).


E assim sendo:

Era expectável que uma democracia com quase 40 anos, não tivesse um ministro com fome de lápis azul, que utilizasse o método da D. Adozinda " Se falas da minha nora eu vou falar da tua cunhada, ó se vou".


 
Era expectável que um país que assistiu de plateia à obra do Sr. Aníbal enquanto Primeiro, não o elegesse para Presidente da República. Muito menos, DUAS VEZES (pensava eu, ingenuamente, que depois do caso W. Bush, o monopólio da estupidez estava definitivamente entregue aos americanos). A não ser que o país tenha sido atingido por um surto de amnésia, e eu se calhar nesse entretanto fui ao WC.


Era expectável que fizéssemos parte de uma União Europeia, digna desse mesmo nome, e que não vivêssemos numa espécie de apartheid onde somos todos pretensamente iguais, estrelas do mesmo céu, só que uns usam néon e outros lâmpadas de marca branca.


Não era expectável que Portugal ganhasse as meias finais, mas mesmo assim nós acreditámos e agarrámo-nos a essa esperança e esquecemo-nos da avalanche que nos está a cair em cima com a subtileza de uma bigorna.


 
Não é expectável que alguém leia estas minhas palavras, a não ser aqueles a quem implico veemente chantagem emocional. Desde já o meu muito obrigada, vocês sabem de quem é que eu estou a falar (e este foi o meu momento Octávio Machado, sempre quis ter um).


 
Expectativas à parte, daqui não saio daqui ninguém me tira. A blogosfera vai continuar a ter de levar comigo, e não há mais ditos até à morte. E que ninguém me leve a relativa probabilidade, me queira sonegar o pressuposto, ou contrarie a minha crença numa silenciosa promessa que algum dia é desta que alguém leva a sério as parvoíces que eu digo. Enquanto há tolice há esperança!


 
E sobre expectativas é o que se me oferece dizer...


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