sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Licença para arrumadores


Estou deliciada com a seguinte notícia: "A Câmara Municipal de Faro quer profissionalizar os arrumadores, atribuindo-lhes uma licença e forçando-os a inscreverem-se nas Finanças e a pagar impostos."

A primeira coisa que me vem à mona assim de repente é: MACÁRIO, MACÁRIO!!!
Macário Correia, actualmente presidente da Camâra de Faro, nunca me desilude. Macário não falha. Sempre uma abordagem fresca, arejada aos problemas que assolam o país.

Já que não "conseguimos" apanhar os tubarões, apanhamos os jaquinzinhos: dada a improbabilidade de sucesso de fazer cumprir as obrigações fiscais e evitar fraudes por parte dos vulgos "Cabeçudos" que pululam neste jardim à beira mar plantado, atacamos a base da pirâmide -  com apenas 157.243 arrumadores, tapamos o buraco da agência do BPN de Carrazeda de Ansiães.

Partindo deste princípio, prevê-se que venham a emitir licenças para outras actividades, das que fazem tanta falta à sociedade, como o Bettencourt ao Sporting. A saber:
  • Licença de Comentador do caso Castro-Seabra: traduz-se em afirmar invariavelmente uma de duas coisas: o cronista/Airbreeze da Broadway era um homem de paixões ou o modelo/Psycho além de ser uma pessoa fantástica, era o Zézé Camarinha de Cantanhede
  • Licença de Membro do Clã Jardim, que pelo que me parece, é uma profissão em si mesma: tem com senão ter de usar um nome digno de um chihuahua
  • Licença de Relações Públicas de espaço nocturno balnear algarvio com nome de stripper moldava: as portadoras desta licença devem ter sido objecto (objecto é mesmo o termo adequado)   de cirurgias estéticas à borla  testemunhadas/fotografadas/televisionadas/esmiuçadas pela imprensa cor-de-rosa e programas da manhã congéneres
  • Licença de José Castelo-Branco: vou-me escusar a mais comentários, o teor humorístico esgota-se na referência do transgénico acima referido
Concluindo, Macário Correia é uma fabuloso exemplo de criatividade autárquica. Depois de ter comparado um beijo a uma mulher fumadora a lamber um cinzeiro, o Sr. Presidente não deve seguramente levar a mal se eu comparar a experiência de o ouvir a um concerto do Zé Cabra.

E sobre a licença para arrumadores, é o que se me oferece dizer.

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